sexta-feira, 7 de março de 2008

Cientistas identificam região do cérebro responsável pelo instinto de proteger crianças

Universidade de Oxford

"Investigadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido, afirmam ter localizado a região do cérebro que activa o desejo de proteger e cuidar das crianças, o chamado instinto maternal e paternal, revela um estudo hoje divulgado.

Um grupo de pediatras, psiquiatras e neurologistas britânicos afirma ter localizado na área do cérebro conhecida como “córtex orbitofrontal medial” (localizada acima dos olhos) a região que é activada quando os adultos visionam as crianças, criando uma necessidade de as proteger e cuidar. A área cerebral em causa está ligada à região que trata do reconhecimento de rostos e é também uma peça-chave para o controlo das emoções, segundo os especialistas.

Além de contribuir para compreender os chamados instintos paternal e maternal, os investigadores afirmam que o estudo pode ser útil na identificação e tratamento da depressão pós-parto, sintoma que afecta cerca de 15 por cento das mulheres e três por cento dos homens nos países desenvolvidos.

Para medir a função que a região do cérebro em causa desenvolve nos instintos humanos, os cientistas analisaram a actividade cerebral de voluntários que, sentados diante de um monitor, tiveram de carregar num botão assim que uma imagem de uma cruz projectada mudava de cor. Entre as imagens projectadas, também foram exibidas rapidamente fotos de adultos e crianças que os voluntários não conheciam.

O mapeamento cerebral instantâneo realizado evidenciou que, enquanto não havia qualquer reacção perante as imagens dos adultos, um grande estímulo cerebral era detectado quando os voluntários viam as fotos das crianças. O afecto sentido pelas crianças e o instinto que leva a cuidar das crias tinha até agora uma explicação darwinista e outra etológica.


Darwin versus Konrad


A primeira, de Charles Darwin, afirma que se trata de um instinto desenvolvido evolutivamente para assegurar a continuidade da espécie; a segunda, do prémio Nobel Konrad Lorenz, indica que a cara e as expressões das crianças representam estímulos que activam uma resposta imediata.

De acordo com os investigadores britânicos, a velocidade com a qual o “córtex orbitofrontal medial” dos voluntários era activado (um sétimo de segundo) quando visionavam as crianças, indica que a reacção não pode ter uma origem consciente ou cultural.

"Acreditamos que a resposta imediata nos leva a tratar crianças de maneira especial", considerou Morten Kringelbach, neurocientista e um dos principais autores do estudo, citado pela agência de notícias britânica Reuters. "A resposta cerebral é tão rápida que temos quase a certeza absoluta de que não há controlo consciente sobre ela", acrescentou."
Retirado de:

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Perspectiva Filosófica da Mente Humana


Mente Humana vista ao longo dos séculos




"Apesar de não poder ser tocada ou vista, a mente está mais intimamente ligada com o nosso interior do que os nossos próprios corpos: nós podemos idealizar uma existência futura sem usar o corpo, mas não podemos imaginar nenhum tipo de existência sem usar a mente."HART, W. (1987) The Art of Living: Vipassana Meditation as Taught by S. N. Goenka. New York: Harper USA



O conhecimento científico da mente humana tem avançado desde a fundação da Psicologia. Aspectos biológicos e culturais, psicológicos e neurológicos, emocionais e racionais foram privilegiados separadamente em diferentes épocas e perspectivas a visão de mente foi por vezes focalizada e por vezes relegada à caixa preta da ciência psicológica.


Actualmente, assiste-se a uma procura de integração entre mente e os comportamentos humanos. A mente é vista como objecto da ciência e produto da selecção natural na evolução da espécie do Homo sapiens sapiens.



Existem várias dúvidas e dissonâncias acerca da “forma” da mente.


A mente como matéria. A principal argumentação do Materialismo é que nada existe além da matéria e das suas propriedades. Tales de Mileto, há 2500 anos, falava-nos das quatro substâncias em que tudo se originava: a água, o ar, o fogo e a terra. Anaxágoras definiu o Nous (Mind) como "a mais pura e refinada de todas as coisas" que ocupa lugar no espaço.


A mente como imaterial. Platão foi o primeiro a defender explicitamente a doutrina de que a mente é inteiramente não material — sem as definições das propriedades da matéria como tamanho, forma ou impenetrabilidade. Platão usou a palavra psyche (traduzida como "alma")


O imaterialismo. Alguns filósofos adoptaram a doutrina do imaterialismo, chamada assim por Berkeley, um dos clássicos empiristas britânicos, segundo o qual, tudo o que existe é mental. Adopta o modelo da Mente divina e a multiplicidade de mentes finitas em que inclui todos os homens.


Ao longo dos séculos, assitimos a várias concepções e opiniões sobre a mente humana. Apresentamos de seguida, algumas das mais célebres:

  • Concepção de Aristóteles

Aristóteles defendia uma visão baseada num contraste entre cérebro e coração, afirmava que o coração era o órgão do pensamento, das percepções e do sentimento, enquanto o cérebro seria importante para a manutenção da temperatura corporal, agindo como um agente refrigerador. O coração, segundo este pensador, era o centro do organismo e por isso controlava o nosso corpo, e em oposição aparecia o cérebro, localizado numa periferia, não exercia qualquer controlo sobre o corpo humano. Acrescentava ainda que ao passo que o coração tinha sangue, o cérebro não era irrigado pois estava isolado, não estabelecia ligações com nenhum outro órgão. A conclusão a que chegou Aristóteles foi a de que o Homem pensava com as emoções, e por isso pensava com o coração.


  • Concepção de Leonardo da Vinci

Leonardo Da Vinci foi outro pensador que não deixou de contribuir para a evolução do conhecimento do cérebro humano. Indo de encontro àquilo que era aceite na época – a existência de 3 ventrículos cerebrais – o filósofo acreditava que as sensações deveriam localizar-se no ventrículo médio porque, nas suas imediações converge uma grande quantidade dos nervos cranianos.


  • Concepção de Descartes

A filosofia de Descartes assentava numa noção de corpo e mente como dois elementos separados: a alma (razão pura) é independente do corpo e das emoções, não ocupa lugar no espaço e por isso a mente é um tema inacessível ao estudo científico. Descartes colocou o centro da interacção entre as duas substâncias na glândula pineal, pequeno corpo localizado no centro do cérebro. Ele considerou que mente e corpo se encontrariam ligados neste ponto devido à sua localização geométrica, no entanto nada estava cientificamente provado.


  • Concepção de Freud

Freud colocou uma questão a si próprio: “Seria impossível compreender os processos patológicos se só se admite-se a existência do consciente?” Freud introduziu na sua filosofia os conceitos de consciência, pré-consciente e inconsciência. A parte mais abrangente do psiquismo humano corresponde ao inconsciente (pulsões inatas, fobias, tendências e desejos fundamentalmente de carácter afectivo-sexual) cabendo-lhe assim um papel determinante no comportamento.


A parte menos abrangente do psiquismo humano corresponde ao nosso consciente sendo constituída por imagens, lembranças, ideias que se podem evocar e conhecer. A ponte entre estas duas noções é feita pelo subconsciente (pré-consciência) constituído por conteúdos passíveis de aceder à consciência. Com a filosofia de Freud e os seus métodos terapêuticos, dos quais se destaca a hipnose, a sociedade passou a dar mais importância às motivações inconscientes, às experiências infantis e aos seus reflexos na idade adulta.


  • Concepção aceite no Quotidiano

Mente é o instrumento humano de gestão, de aprender e de pensar. Necessária para a formação do ser humano, a mente é uma estrutura bioelectrónica altamente complexa com organização sistémica que capacita o indivíduo na autonomia para dirigir a própria existência no tempo e resolver a si mesmo no espaço.



Adaptado de:

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Divisão e Classificação das Doenças Mentais



NEUROSE: as neuroses são patologias leves onde o paciente tem uma noção vaga das suas manifestações psicossomáticas, geralmente ansiedades avivadas, que levam o paciente a procurar ajuda de especialistas.
Dentro desta categoria existe inúmeras classificações menores.

Alguns exemplos:

  • TOC ou Transtorno obsessivo-compulsivo;
  • Síndrome do pânico;
  • Fobias;
  • Transtornos de ansiedade;
  • Depressão;
  • Síndrome de Burnout;
  • Disturbio Bipolar de ânimo;

PSICOSE: é loucura propriamente dita segundo a filosofia e as artes e caracteriza-se por uma fuga intensa da realidade.
Esta pode ser classificada em três formas diferentes: pela manifestação, pelo aspecto neurofisiológico, e pela intensidade.

Aspecto neurofisiológico:

  • Funcional: age apenas no funcionamento do aparelho psíquico, nas suas ligações.

  • Orgânica: tem como característica mudanças ocorridas na química do cérebro, ou em mudanças fisiológicas e estruturais.

Como por exemplo:

  • Autismo;
  • Alzheimer;
  • Parkinson;
  • Angelman;
  • Etc...

Manifestação (duas patologias principais):

  • Esquizofrenia;
  • Transtorno de afecto bipolar;
Intensidade:

Aguda: também chamada de fase de surto; é quando o doente se torna violento, impulsivo e fora da realidade. É necessária observação psiquiátrica constante, pois o doente oferece risco para si, para outros e para o património.

Crónica: é a fase de relaxamento do doente, onde ele está fora da realidade, mas não põe em risco os outros e sua vida. Este estágio é permanente, e resulta de algum caso onde não há cura.


Adaptado de:

http://www.rarissimas.pt/informacao/doencas/angelman.php

http://pt.wikipedia.org/wiki/Doença_mental

http://www.icb.ufmg.br/lpf/revista/revista1/volume1_loucura/cap6.htm










terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Quando a mente não está sã...


Distúrbios mentais, distúrbios ou síndromes psíquicas e de comportamento geram angústia e causam danos em importantes áreas do funcionamento psíquico, afectando o equilíbrio emocional, o rendimento intelectual e o comportamento social adaptativo.


A maioria dos sistemas de classificação distingue os distúrbios infantis dos distúrbios dos adultos. Também distinguem entre distúrbios orgânicos, caracterizados por uma anormalidade psíquica e comportamento associado a deteriorações transitórias ou permanentes no funcionamento do cérebro, e distúrbios não orgânicos ou funcionais, considerados mais leves. Em função da gravidade e da base orgânica, os distúrbios podem dividir-se em psicóticos (perda da realidade) e neuróticos (mal-estar e ansiedade sem perder o contacto com a realidade).


Dentro da categoria das psicoses a mais comuns são a esquizofrenia e a depressão. Entre as neuroses, as mais típicas são as fobias, a hipocondria e todas que geram uma alta dose de ansiedade sem que haja desconexão com a realidade.



Texto adaptado de:

Quem Somos?

Somos alunos do 12º ano, do curso de ciências e tecnologias da Escola Secundária de Peniche e estamos a desenvolver um trabalho no âmbito de Área de Projecto *.

Este projecto irá retratar a Mente Humana sob uma perspectiva inovadora. Iremos explorar o tema tanto a nível científico como artístico e muito mais...


Wait and See....





Daniel Rosa; Jonathane Ribeiro; Neuza Farto; Inês Oliveira.


*A Área de Projecto não é uma disciplina mas sim uma área não curricular presente no horário dos alunos de 12º ano, onde a longo prazo os alunos desenvolvem um projecto que terá produtos finais.



Para mais informações consulte: